26/04/2020

A MINHA PRIVACIDADE NÃO É TUA

O senhor Zuckerberg, que considera que “a privacidade já não é a norma social”, seguramente tem um único e conflituoso interesse económico nela. Aliás, parece que quer ser o dono da nossa privacidade, o que é um verdadeiro case study, entre outras coisas para a investigação criminal... E é tão inimigo da privacidade quanto as ditaduras mais brutais. Mas não irei entrar em mais discussão porque nem faz sentido, nem está aberta a isso: é uma coisa PESSOAL, A MINHA PRIVACIDADE, e cada um deve decidir o que fazer com ela. Assim fosse o Facebook, público e transparente. 
E já agora, estou ansioso para ver o dia em que vais ser responsabilizado, criminalmente, pelo vírus das fake-news, que com a conivência da maior parte dos governos deste planeta se tornou a maior, e mais perigosa, epidemia permitida por um ser humano que não respeita nada nem ninguém, nem nunca foi obrigado a assumir responsabilidades. Essa é outra epidemia que deveríamos estar a erradicar sériamente antes que ela erradique todos os valores democráticos, sociais e individuais, e a tão vital imprensa livre, espoliada pelas redes sociais sem o pagamento devido, e com a benção, outra vez, dos governos -talvez porque assim podem criar a narrativa que mais lhe interessa, e sem escrutínio algum.
E pela ansiedade com que todos estamos para beijar-mo-nos, abraçar-mo-nos, conviver numa esplanada, praia, parque ou simplesmente em casa, a dita rede-social está não só sobrevalorizada, como foi criada/aperfeiçoada mais para causar dependência do que ser útil, de facto. 
A minha família, os meus amigos, e até alguns desconhecidos, são muito mais valiosos e importantes em pessoa! 
E toda a minha informação pessoal pode ser usada para o bem comum, NUNCA para enriquecer uma empresa, e os seus shareholders, de forma dissimulada e perigosa.

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