POR ONDE ANDAM AS VIRTUDES?

O que nos induz a fazer, constantemente, bem quando outros mal se esforçam por fazer... mal?

Não é preciso conjurar os deuses quando basta a nossa vontade para que tudo seja bem feito... ou o mais próximo dessa necessidade; nunca longe, nunca muito longe.

Esta predisposição é tão benéfica, quer em saúde mental, quer em poupanças monetárias, quer em conforto, quer em durabilidade, quer em qualidade. Mas a vaidade -ai! essa parva!- hipnotiza-nos, e lá sucumbimos ao seu pesado contrato que faz dum estupor doutor, assim por mágicos passos de indumentária e ultra-higiene.

As virtudes andam por ai, de manhã cedo até tarde à noitinha, invisíveis para quem anda com pressa ou mal humorado, mas contam-se pelos dedos, que são menos do que os ‘likes’.

A LINGUAGEM CORPORAL, A VERBAL E A ESCRITA

Luis Montenegro, o nosso 1º Ministro, tem um andar gingão, vaidoso, de quem acabou de ser coroado rei aqui da terra. Dei-lhe o benefício da dúvida, e vou esperar mais um pouco. Mas a vaidade, senhor 1º Ministro, é algo para as passerelles não para a governação.

Passos Coelho tem dito coisas que mais valia continuar desaparecido e calado. Enfim, também tem todo o direito a dar tiros nos pés.

O outro, aquele que afirma ‘Eles falham há 50 anos, dêem-me um oportunidade’, presumo que quererá, pela traquinice da nossa língua, também falhar durante 50 anos. Mas a longevidade política tem que se lhe diga, digo eu.

ACABEI DE SAIR DA MISSA!

Poderia ser uma admissão de mea culpa, de alguém que se tinha acabado de confessar. Mas não. É uma afirmação da mesma pessoa que horas mais tarde diria que “um milhão de portugueses votaram em mim”. Pois é com uma profunda tristeza, mágoa mesmo, que constato que um milhão de votantes se identificam com o xenofobismo, com a mentira descarada, com o vazio, com o revanchismo e com o passado salazarista bacoco mas maldoso.

Hoje, no dia a seguir às eleições, só anseio que os partidos mais (con)centrados demonstrem que os valores que realmente os guiam sejam bem maiores e dignos de um país verdadeiramente democrático.

50 ANOS DE 25 DE ABRIL

No ano em que celebramos os 50 anos do 25 de Abril, salazar e os seus correligionários  são ressuscitados por uma representação partidária reprovável, no mínimo. Isto porque ainda sobrevivem muitos saudosistas do ditador e da sua máquina repressiva, uns com idade para por lá terem andado, cuja saudade esteve em hibernação, outros por falta de massa crítica, sendo que ambos demonstram falta de carácter e humanidade, coisas que uma democracia saudável tem de rejeitar. Eu rejeito, mas com uma grande tristeza!

DESENRASCANÇO

 A palavra chave para o insucesso português.

ALEXEI NAVALNY

 Has what trump nor putin haven’t: guts, and dignity!

SELFISH USELESS VEHICLE - SUV

 As far as the eyesight goes some people’s lack of understanding to the obvious is remarkable!

PLÁSTICOS E MICROPLÁSTICO

Já todos nós nos deparamos com plástico, quer nas ruas, no chão ou a esvoaçar, quer nas praias, de todos os tipos e tamanhos. A nossa inação fala por si. Muito provavelmente só actuaremos quando for demasiado tarde, isto apesar de já inalarmos, semanalmente, micro plástico equivalente ao tamanho de um cartão bancário, acrescente-se o que ingerimos através da cadeia alimentar e o caso torna-se demasiado sério. O plástico que dá à costa fica onde está ou volta para o mar, e nem as autarquias se preocupam, nem os inventores inventam, nem os que por lá passeiam o recolhem. A EU também parece tão entretida, ainda, com a perfeição das maçãs e dos tomates -coisa de extrema importância, convenhamos, para...- que não tem tempo para o assunto, nem para legislar drasticamente. E como agora se viu no braço de ferro com os agricultores, tudo vai continuar na mesma no departamento dos pesticidas também. Mudar só mesmo de lugar, tudo o resto pode esperar!

É pena a natureza ainda não fazer parte da UE, nem ter lugar permanente no conselho de segurança das Nações Unidas!

BALAS DE DIAMANTE

O meu filho mais novo imaginou a primeira bala de diamante.

 

Eu vi logo um grande futuro para elas: acabar com as guerras. Se todas as balas e demais armamento fossem feitos de diamante... correcto, não haveria mais guerra!

PS, PNS E O ORA CHEGA PARA LÁ ORA CHEGA PARA CÁ

Infelizmente já não há bons, nem honrados, perdedores!

O partido socialista tem usado o medo do papão para açambarcar votos -uma táctica usada pelos regimes autocráticos que pretendem que realizam eleições- onde o eleitorado tende ora para um lado ora para o outro, ali para os lados do centro. O papão é o ‘chega’, partido revanchista e estéril.

E se dúvidas houvesse, o secretário geral do PS dissipou-as na noite eleitoral dos Açores quando questionado se o PS viabilizaria o governo da AD, que obteve a maioria dos votos, declarando que a direita AD + ‘chega’ tinha votos suficientes e que por isso o PS não tem nada que viabilizar. Ora, aqui chegados, nota-se que afinal o PS não tem medo do ‘chega’; se antes das eleições o ‘chega’ no poder era perigoso, logo após as eleições o ‘chega’ já não é perigoso porque, afinal, pode -segundo a lógica do PNS/PS- fazer parte da solução à direita. Ou seja, PNS ressabiado com o povo diz-lhe de imediato ‘à política o que é das promessas, e à retórica o que é das eleições!’.

PNS, antes das eleições, enche o peito e qual super-homem grita: ‘deem-me votos suficientes que eu trato deles, senão... amuo!’

Está tudo preto no branco quanto a honradez, e a quanto vale a causa pública em caso de derrota: 0!

Do outro lado da barricada, também não se podem vangloriar!

FC PORTO

O futebol, como desporto (que já não o é), para mim ‘morreu’ há muito. A ‘clubite’ (apesar de já não ser aguda) não. Há muito que ando triste com o mundo futebolístico, e das claques ainda mais. Que o meu FC Porto se tenha deixado enlear com gente pouco ou nada recomendável é não só vergonhoso como criminoso. ‘Enterrem’ o presidente que com ele finará, certamente, o seu corpo mafioso.

E onde andam agora os ilustres do Porto, que assinam, escandalizados, abaixo assinados para remover estátuas (que parecem ser incomodativas por dá cá aquele seio...) mas que não têm vergonha de fazer parte da lista de ‘honra’ do senhor Jorge?

Fico triste e envergonhado pela cidade do Porto, pelos bons adeptos e por todos os desportistas do mundo.