15/03/2020

OS REFUGIADOS ÀS PORTAS DA EUROPA...

Quase como se estivessem às portas do inferno, de onde fugiram, outra vez!
Só posso afirmar que estou amargurado por viver numa europa cada vez mais egoísta, atabalhoada em assuntos que não sabe, por falta de estadistas e visionários, por onde lhe pegar, e em claro e disfuncional desmoronamento. Que há forças externas que têm interesse nisso não há dúvida alguma; que as há internamente também não. E assim seguimos, episódio atrás de episódio, um drama mal escrito, e intrepretado por actores amadores mas vaidosos. O mundo clama por liderança, por inteligência, por paz, e nós, aqui numa europa com tudo para ser um exemplo, a assistir impávidos e serenos ao acto final de uma tragicomédia quando poderia ser um momento de gloriosa mudança para um mundo melhor.
Como sempre ‘it’s the economy stupid!’ mas:
Não haverá, nunca, crescimento económico que o mereça;
Não haverá, nunca, empresa e empresário que o mereçam;
Não haverá, nunca, ditadura que o mereça -facto bem comprovado- e que se torne democracia e mais respeitadora dos direitos humanos;
Não haverá, nunca, uma sociedade justa e igual;
E não acabará, nunca, o despedício e a fome.
E ver, na Grécia, a europa a sucumbir à sua imbecilidade, e a tratar os refugiados como uma criança de 4 anos que, naturalmente, não gosta, ainda, de partilhar os seus brinquedos, é muito triste e aterrador: se eles não puderem contar com o apoio da europa o que é que lhes resta?
Muito mais triste do que ver os lideres europeus do pós-brexit a continuar a falar em inglês para a imprensa, e para inglês ver, presumo.
Vamos acabar por passar o resto das nossas vidas a pagar para os bancos não irem à falência sem nunca sermos donos deles, e a contribuir para a manutenção da economia quando ela está em crise mas sem que ela partilhe com a sociedade quando dá lucros avultados, que obviamente serão só partilhados com os patrões e investidores. E ainda lhes continuamos a proporcionar off-shores para esconderem as ‘maldades’ inocentes, infinitamente.
Por último, o mundo acorda para o corona vírus, e parece que não sabe como aqui chegou, muito menos como vai sair daqui, e se vai tudo voltar a ser como dantes. A História dá-nos lições, impares e gratuitas (mesmo as que custaram muito dinheiro e muitas vidas humanas!) e só não as aprendemos porque não queremos (também porque há quem não queira que aprendamos, é verdade, e as tentem manter no baú do esquecimento).

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