Neste país desolado, em que o restolho já não tem tempo de restolhar, o líder -com os seus sapatinhos todos pipi- não lidera mas entretém-se a fazer de conta, poderia afirma-lo mas não o farei. Direi, isso sim, que a sua estremada amizade com a extrema-direita não lhe trará, nem a ele nem a nós todos, nenhum benefício. O mesmo não poderá dizer-se dessa extrema-direita, incensada pela extrema-esquerda, e pela esquerda que se considerava omnipotente e moderada mas que afinal era só prepotente e há demasiado tempo a governar para seu único benefício.
Virar à esquerda ou à direita, depois de olhar atentamente, deveria ser um acto simples e seguro, mas não o é; na rua como também não o é na política.
Já tudo foi esgrimido, mas o que ressalta, sempre, é a qualidade dos líderes e dos seus ajudantes. E o país, exaurido financeira e humanamente, já há muito que não se pode dar ao luxo deste lixo político.
Precisamos de pessoas sérias que queiram servir a República e não servir-se dela -que é o que sempre fazem e em prol do partido e dos amigalhaços.
Precisamos de Deontologia na política não de Demagogia: olhem-se ao espelho, nús, quando pensarem o quão indispensáveis são.
Precisamos de gente honesta, acima de tudo, e de estadistas, não de mentirosos e oportunistas.
A Democracia aguenta muita coisa mas não é eterna se for maltratada, especialmente com requintes de malvadez e de extrema sordidez.
Poderia dizer muito mais, que é como quem diz criticar, sobre a política portuguesa, mas este pouco já é demasiado. Mas, as soluções não são assim tão difíceis: boa justiça, boa educação, boa habitação, boa saúde e bons salários -que é como quem diz, boa economia.
Ir em sentido contrário só pode ser mais custoso, financeira e humanamente!
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