Durante a guerra negoceia-se a paz para, depois, nada fazer-mos para evitar a guerra; porque em paz parece que não há líder político e militar que saiba ser grandioso! Ou viver!
A vida no planeta Terra está por um fio, e já se fala, estuda e aconselha sobre o assunto há décadas. Mas nada! ‘Business as usual!’ Porque outros grandiosos, neste caso os que faltavam para completar a trilogia que nos põe, sempre que possível, em guerra -os empresários empreendedores- continuam a apostar exclusivamente no lucro. E sempre que os deixam ao leme da inovação, e em modo de autorregulação, não hesitam em criar monopólios sem qualquer pudor ou rubor, exterminar a concorrência e enriquecer sem pagar impostos; eles bem dizem que pagam todos os impostos devidos, mas eu continuarei a dizer que eles, escabrosamente, não pagam impostos nenhuns.
Agora, chegados de novo à Estação Realidade Europeia, e depois de Putin (e Ca.) ter invadido a Ucrânia, voltou o tema guerra ao centro das atenções -parece que não houve/há guerra no Afeganistão, na Líbia, no Iraque, na Chechénia, na Síria, no Iémen, na Birmânia, em Timor-Leste, na Somália, em Angola, na Etiópia...
E parece-me que os especialistas dos Think-tanks não vêm nada para além do salário mensal!
E parece-me que a diplomacia da paz tem falta de energia!
E parece-me que os velhos, e experientes, governantes têm falta de bom senso, e de urgência humanista!
E parece-me que a gritar ninguém se entenderá, e muito menos terá o expediente de travar a tempo!
E tanto se diz. E tanto se promete. E tanto se estuda. E tanto se ensina. E tudo continua sempre na mesma, em hierarquia: seja ela militar, económica, política, ditatorial ou social. E os que estão no topo não o querem deixar; e alguns dos que estão em baixo também querem chegar ao topo; e a boa maioria só quer viver... mas tem de ser mais participativa, e influenciar positiva e horizontalmente a vida! Não podemos continuar a viver no egoísmo que há demasiado tempo proclamamos como bondade; porque a bondade não causa vítimas mas o nosso caminho civilizacional tem-se orientado, impavidamente, pela hipocrisia!
As democracias causam guerras!
As ditaduras causam guerras!
O capitalismo causa guerras!
A maldade causa guerras!
As crianças não!
Mas eu, e a maioria, se fosse possível, só gostaria de viver em paz!
Já agora, desafio a indústria dos jogos computorizados, e do cinema, baseados em guerra e mortandade a virem a público dizer-nos qual o valor social dos mesmos? Já sei que o valor económico é tremendo! Mas talvez uma visita guiada a uma guerra a sério os fizesse repensar na preciosa vida... dos outros!
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